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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Seca deixa municípios baianos em emergência

Enquanto o litoral baiano registra um dos invernos mais chuvosos dos últimos anos, o Sertão do Estado vive a antítese: a seca mais severa. A média histórica é de 353 milímetros de chuva entre janeiro e julho. Em 2010, o acumulado, até agora, está em 219 mm, apenas 62% da média esperada para o período. “O motivo é que em anos de ocorrência de El Niño, como foi 2010, nós temos uma redução dessas chuvas“, diz o meteorologista Mário Miranda. “Em síntese, em 46% dos anos em que ocorre o fenômeno, também temos redução de chuvas no semiárido nordestino”, complementou.
Das 266 cidades situadas no semiárido baiano, 160 enfrentam anualmente um forte período de estiagem, segundo a Defesa Civil. São quase 3 milhões de pessoas que vivem nessa situação. Este ano, 82 municípios já decretaram estado de emergência por conta da seca. Exemplo da lamúria sertaneja é o que vive a produtora rural Ivone da Silva. Ela dá para os animais a água que sai de um poço, distante cinco quilômetros de onde ela cria carneiros e ovelhas. “A gente bota quatro vezes na semana, porque, se não tiver, as coitadas já estão morrendo de fome e morrem de sede também”, conta Ivone.

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